De acordo com críticos, longa de Tom Cuise "faz ode à testosterona"
Com estreia oficial marcada para o próximo dia 26 de maio, Top Gun: Maverick já é alvo de críticas da ala progressista. De acordo com alguns críticos, a continuação do longa que lançou Tom Cruise há 36 anos é “másculo” demais, com “excesso de testosterona”.
No Omelete, um site de cinema e cultura pop, o crítico Marcelo Hessel aponta que o longa é voltado essencialmente para o público masculino na faixa dos 40 anos e que não tem interesse em atingir o público mais jovem de hoje.
– [O filme] Chega pronto para atender essa demografia emasculada, que perdeu suas convicções para o discurso identitário no novo milênio – disse Hessel.
Apesar disso, o crítico atribuiu uma nota relativamente alta ao longa, pelo fator nostálgico. Já Guilherme Genestretti, crítico da Folha, foi mais criterioso em sua análise. Para ele, o filme “faz ode à testosterona”. O crítico chega a mencionar o formato “fálico” das extensões da aeronaves dos pilotos.
– Não há a menor preocupação em disfarçar a sua ode à testosterona para acenar ao feminismo. Tudo bem, agora temos uma pilota no time, mas no fundo, quem prevalece mesmo são aqueles rapazes pilotando aviões como se fossem suas extensões fálicas e disputando quem é o melhor.
Ao falar sobre a sequência da história que o catapultou ao estrelato na década de 80, Tom Cruise afirmou que a essência de Maverick não seria alterada.
– Se vamos fazer isso, eu quero o mesmo espírito do filme original. Qual é a história de Maverick 30 anos depois? Porque ele não muda. Ele é aquele mesmo cara e ponto final – comentou o ator.
O youtuber Luiz, do canal Oi Luiz TV, ironizou:
– Como assim o personagem do Tom Cruise não mudou de gênero, gente? Como assim ele não virou bissexual, assexual. Por que é Tom Cruise que interpreta o personagem e não uma mulher negra, gorda e empoderada? – disparou em um vídeo recente do seu canal.
O sociólogo e jornalista Thiago Cortês também se opôs às críticas:
– Hoje os homens pedem desculpas por serem homens. O feminismo criminalizou tudo, da cantada ao cavalheirismo. (…) Talvez, muitos esperassem uma trama na qual um piloto não binário se apaixona pela primeira mulher trans de Top Gun – declarou em sua página nas redes sociais.
Top Gun foi a maior bilheteria de 1986. Logo no ano seguinte, o alistamento na Marinha americana aumentou em 500%. Na exibição de Top Gun: Maverick na última quarta-feira (18), no festival de Cannes, na França, as Forças Armadas prestigiaram Tom Cruise. Logo após sua exibição no festival, o filme, assim como seu protagonista, foram aplaudidos de pé.
Fonte: Pleno News
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