Por Dagomir Marquezi
Você já imaginou ganhar R$ 70 mil para dormir de cabeça para baixo por um mês? É o que a Nasa e o DLR (Centro Aeroespacial Alemão) estão oferecendo para voluntários que durmam por 30 dias com a cama num ângulo de 6 graus negativos. A pesquisa, chamada “Bed Rest Studies” (ou “Estudos de Repouso na Cama”), visa a estudar as reações do corpo ao ambiente sem gravidade de espaço.
Não basta dormir com a cabeça mais baixa que o corpo. Os voluntários deverão também comer, tomar banho e fazer exercícios em 6 graus negativos e fazer suas refeições sem adoçantes. Segundo o site da Nasa, “a perspectiva de passar muitos dias na cama parece ótima, mas a maioria dos participantes concorda que rapidamente são tomados pelo tédio”.  A rotina diária inclui realizar — na cama — tarefas como comer, exercitar-se e tomar banho.
Durante a experiência, a dieta será completamente controlada. E as condições do voluntário, monitoradas continuamente — pressão sanguínea, batimento cardíaco, absorção de alimentos, gasto de energia, massa óssea e a condição emocional. Os participantes serão encorajados a estabelecer uma meta, como aprender uma nova língua. Visitas de familiares e amigos serão permitidas.
Cabeça inchada e pernas de passarinho
Os “Estudos de Repouso na Cama” visam a estudar principalmente os efeitos do fluxo do sangue e dos fluidos corporais na contramão da normalidade gravitacional. Ou seja, de baixo para cima, criando o que é conhecido na Nasa como “a síndrome da cabeça inchada e das pernas de passarinho”.
Muitos voluntários participam do programa pelo dinheiro, mas outros são idealistas e querem contribuir com a exploração do espaço, mesmo que sem sair da cama. Como diz o site da Nasa, “se humanos um dia andarem em Marte ou viverem no espaço por longos períodos, será em parte graças aos voluntários do programa “Estudos do Descanso na Cama”.

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